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Exposições

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Um conjunto de exposições na Biblioteca Municipal Abade Correia da Serra, em Serpa, encontram-se agendadas. A exposição “Adeus Pátria e Família”, estará patente de 5 a 30 de março; “50 anos…E depois?? Capitalismo não…”, será visitável de 20 de abril a 31 de maio; “ATO (DES)COLONIAL”, ficará patente de 3 a 23 de outubro; “Liberdade Interior”, de Rute Ferreira, de 20 de julho a 31 de agosto; “O Legado do Cravo”, de 6 a 28 de setembro e “Salazar 40 anos?”, visitável de 26 de outubro a 30 de novembro.

 

ADEUS PÁTRIA E FAMÍLIA

5 a 30 de março

A exposição aborda as dinâmicas e tensões entre a repressão e as resistências no âmbito da diversidade sexual e de género, durante a ditadura e após a Revolução. Tenta problematizar como essa tensão condicionou a vida quotidiana e perpetuou práticas e discursos opressivos e discriminatórios, marcando a sociedade portuguesa até à atualidade. Convida à reflexão sobre as construções, desconstruções e reconstruções do conceito de género e o caminho ainda, e sempre, necessário para construir uma sociedade democrática.

A mostra celebra também os 40 anos da descriminalização da homossexualidade e os quatro anos desde a consagração legal da autodeterminação de género. Estes avanços são inseparáveis de décadas de resistência, coragem, mobilização, solidariedade e enfrentamento do medo.

Revelar, nomear, reconhecer, representar e visibilizar é desconstruir preconceitos, combater violências, educar para os direitos humanos e continuar a luta pela dignidade da pessoa humana, no compromisso pela defesa dos ideais e valores da liberdade e da democracia.

 

CURADORIA • Rita Rato e Joana Alves

DESENHO DE EXPOSIÇÃO • Ricardo Carvalho Arquitectos & Associados

 

50 anos…E depois?? Capitalismo não…

De 20 de abril a 31 de maio

 

Esta exposição é uma espécie de visão/avaliação (pessoal) sobre o que nos trouxeram estes 50 anos de pós-revolução de abril. Através de uma linguagem gráfica, de cartazes da revolução, que o passar dos tempos degradou e rasgou (tal como os valores de abril), mostrando numa camada inferior a vida do cotidiano, com a utilização de marcas (empresas) que representam o agora capitalismo. Assim a exposição reflete um pouco sobre a decadência dos valores de abril em detrimento da vida capitalista e fútil que nos deparamos nos dias de hoje. Inclui uma oficina de pintura com spray e a utilização de alguns stencils usados para a execução das próprias obras expostas. Os participantes devem trazer: t-shirt, saco de pano (de cor clara ou branca) ou alguma superfície que se possa aplicar o stencil, podem levar o resultado consigo uma recordação da própria exposição.

 

JORGE PEREIRA (Moçambique, 1974). Concluiu o Curso Superior de Escultura na ARCA (Coimbra, 1998). Desenvolve trabalhos cénicos para Teatro e Dança, destacando a colaboração ao nível do design gráfico e da criação vídeo com a Amalgama Companhia de Dança. Participou em exposições individuais e coletivas, nas áreas da instalação, pintura, cerâmica, fotografia, entre elas: AL NE: 100 imagens de portas em 10 localidades do Norte Alentejano (2005), Identidades - Bienal de Porto Santo (2007), MALA - Mostra de Artistas de Lagos (2007, 2009, 2010), Maria Benta - Espólio de uma Fadista (2008), re-identidades (2009), Lagos pelo buraco da agulha (2010), ALLENTEJO (2010), ARTUR - Artistas Unidos em Residência (2011). É autor das ilustrações de Malaquias, livro para a infância da autoria de Cristina Taquelim. Executa regularmente desenho técnico de Arqueologia. É artista residente, designer gráfico e membro da Direção do LAC - Laboratório de Atividades Criativas.              

 

ATO (DES)COLONIAL

De 3 a 23 de outubro

A exposição ATO (DES)COLONIAL pretende contribuir para o questionamento da herança colonial no nosso país, em particular durante o período da ditadura, e para a valorização das experiências de resistência anticolonial enquanto processos determinantes para a autodeterminação e independência dos povos africanos, mas igualmente essenciais para o derrube do fascismo em Portugal.

A violência está na génese, na prática e na simbologia de um processo de ocupação, mas a violência encontra resistência, com diferentes expressões e impactos. Esta exposição pretende revelar e relevar diversos processos de resistência ao colonialismo português, entre 1926 e 1974.

ATO (DES)COLONIAL convida-nos a pensar sobre abordagens necessárias a uma prática antirracista, nas escolas, nos espaços públicos de cultura e na sociedade.